sábado, 30 de julho de 2011

Solitária



Dou risada à toa
Quem me vê, pensa que a vida é boa
Apenas interpreto
Tudo é teatro, nada é concreto

Soletro nomes
Até decoro telefones
Em vão, pra nunca ligar
Cheia de vazios, medos, erros... Pra que arriscar?

Deixa a frieza me levar
Não quero mais acreditar,
Nas palavras...
Que usam máscaras

Eu quis demais
Não quero mais
De novo, não
Deixa estar, eu e a querida solidão


Ouvindo: O Nosso Amor A Gente Inventa - Cazuza

sábado, 23 de julho de 2011

Contra mim



Manhã de qualquer dia
Império daquela antiga melodia
Silêncio...
Barulho sem vestígio

Eis que surgem aqueles pensamentos
Ou melhor, tormentos
Sugando toda calma
Desafiando meus sonhos, quebrando as minhas asas

Luto, resisto...
Não desisto
Insisto, sim!
Ainda que eu seja contra mim

Ouvindo: Codinome Beija-Flor - Cazuza


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Incerto


Vem e vai
Perco tempo
Indecisão constante, continuo estagnada
Chegam e partem, sem demora
Vão para longe, nem sei para onde
Caminhos misteriosos
Sempre diferentes
Esperando na incerteza
Pode atrasar, pode ser pontual
Logo mais...
Ou, nunca mais
Hoje, amanhã, mais tarde
Tanto faz




segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lamento no escuro

Na cegueira da noite fria
Quando tudo escureceu
A terra se calou... Eis a calmaria
E o mundo adormeceu

O sono procurava
Pensamentos distantes
Algumas lágrimas surgem, de repente
Choro que doía e sufocava
Lembranças que agora são torturantes
Doer de amor, doer de saudades da gente

Sonho meu que se findou
Recordações dos risos, da voz, de "nós", do sonhar inacabado
A alegria do viver cessou
Hoje, sou apenas "eu" e meu coração apertado

Ouvindo : Meu Eu Em Você - Paula Fernandes


domingo, 10 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sumiço




Chorei como quem descascava cebolas
Procurando você
No parque, na praia, no mato, nas folhas...
A esperança nunca quis morrer

Segundos incolores
Choro desenfreado
Dor de amores
Vontade de ter o passado ao lado

Vivia de recordações
Até o vento cismava em te trazer
Seguiam as estações
E nada de te esquecer

Nas promessas e na sua voz acreditei
Tantos sonhos que não tiveram tempo de se realizar
Ainda te espero bater na porta dizendo: - Eu voltei!
Te aceitaria de volta, sem hesitar


Ouvindo : Dias Iguais - Luiza Possi