Tanta coisa tinha pra falar, mas, emudeceu, engoliu suas dores envenenadas de sonhos inventados que morreram, dizem que foi por causas naturais e outros não. Enfim, pouco importava, só ela é que sabia e duvidava. Sim, tinha dúvidas, ainda! Inúmeras, incontáveis, senão infinitas, estava querendo entender o que nunca entenderam, ou sequer se esforçaram pra entender a dor, não a física, mas, aquela que tem emoções no meio, que parece infidável, à primeira vista. E, para ela todo dia era dia, de pensar, de calar, de fazer cara de triste e de não ver sentido em nada, em mais nada. Eram dias dificeis e de muito pensar, também.
Reflito, logo escrevo
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
domingo, 25 de dezembro de 2011
Indagação
Será?
Dúvidas e cem mil certezas
Por ora,
me pergunto: Será?
São vazios e incertezas
Por ora, pra sempre...
Agora.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Andante
Eu vi outra vez
A velha menina
Sair com seu vestido xadrez
Fugindo por entre os becos
Olhando atenta para todos os lados
Sem pestanejar seus olhos negros
Ela cantava e sorria
Fazia tudo que dava na telha
Mas, algo a impedia...
De seguir,
De olhar para trás,
De ser feliz
Como uns dias atrás.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Por fim
Acenderam as luzes
Daqui de dentro
Naquela noite fria, chovia medo e desespero
Eu bem lembro,
Era dia de enterro
Ali ficou, findou o vazio
Morreu de velhice, era antigo e idoso
Estendeu-se no chão
Pediu apelo com seus olhos brilhosos
Até que alguém lhe deu a mão...
...Os dedos, os braços e o coração.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Liquidificante
Eu ando sem rumo
Mil e uma estórias, vou inventando
Nem lá, nem cá... Sempre em cima do muro
Penso, desisto e vou reinventando
Montando a vida
À procura
De pouco, de muito, de alguma coisa sem medida
Pra fazer mistura
Pra bater no liquidificador
Por um bom tempo, por um tempo bom
Esmigalhando o que um dia foi amor
Até que as memórias percam o tom.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Na chuva
Cada gotícula de chuva
Revela, machuca e traz de volta...
O que se perdeu na curva,
Um pouco de vida ainda bate na porta
Me encharco com a água dos céus
Que vem lavando meu rosto choroso
Continuo andando, ao léu
Sem saber para onde, como um caminhante curioso
Sem agasalho, sinto frio
Nesses dias de tempestade
Em mim, no vazio
Ando pela metade
Ninguém mais precisa saber
Do passado
Nem tente entender
Deixe-me com os meus machucados
Ouvindo: Alívio Imediato - Engenheiros do Hawaii
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